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Saiba qual é o custo-benefício de ter um lar inteligente

Fonte: Correio Braziliense (20/08/2015)

Saiba qual é o custo-benefício de ter um lar inteligente

Apesar de o conceito de automação residencial existir há um bom tempo, o segmento apresenta altos índices de crescimento na atualidade e deve conquistar mais sucesso nos próximos cinco anos. As informações são de um relatório da empresa Markets and Markets, divulgado este ano. O mercado global de automação foi avaliado em US$ 5,77 bilhões em 2013. Até 2020, deve bater a marca de US$ 12,81 bilhões. A popularização de equipamentos sem fio e outras tecnologias relacionadas à integração digital são os fatores responsáveis por impulsionar o setor.

Nas casas inteligentes, praticidade é o tema, e conforto, o lema. Seja pela integração de áudio e vídeo, seja por soluções que tornem o dia a dia mais fácil, a tendência é investir em residências cada vez mais independentes. Equipamentos de ponta, aliados a um sistema de cabeamento ou mesmo a redes wi-fi, tornam funcionais e divertidos todos os ambientes.

Imagine abrir e fechar qualquer porta ou portão remotamente, acionar a hidromassagem, a sauna e ligar o forno elétrico antes mesmo de chegar em casa, controlar cortinas, persianas e ar-condicionado sem levantar da cama. E tudo isso utilizando um único dispositivo, que pode ser o smartphone ou o tablet. A vantagem da automação é ter todos os eletrodomésticos conectados uns aos outros por meio de uma rede. E até as chaves são dispensáveis, pois, com a identificação biométrica, são as impressões digitais que liberam a entrada.

A família de André Czerny, 19 anos, veio do Paraná e, aqui, investiu numa residência que tornou realidade o desejo de usufruir da tecnologia vista nas telas de cinema. O resultado do projeto de automação incluiu não só um telão para reproduzir filmes, mas também um sistema de som ambiente dividido em zonas, nos cômodos da casa. “É muito agradável. É a solução que eu mais uso e aproveito”, conta o jovem.

A casa inteligente tem tudo para chegar ao próximo século ainda atual. Os sistemas de iluminação, climatização, irrigação, tevês e forno elétrico são acionados por iPad, assim como o home theater e o sistema sonoro. O acesso à residência é controlado por fechaduras biométricas, opção que mescla praticidade e segurança.

Para André, é difícil pensar em adicionar mais automação no lar da família. Uma solução tecnológica funcional para ele, no futuro, seria a integração entre a abertura do portão de casa e o acionamento do automóvel na garagem. “Queria que o carro desse a partida e manobrasse sozinho, mas imagino que isso nem exista”, diz.

Opções

Para alinhar um domicílio com o que há de mais atual em tecnologia, é preciso desembolsar entre R$ 2 mil e R$ 20 mil, a depender do tipo de automação escolhida. A mais dispendiosa delas é a estruturada, que funciona por cabos conectados à rede elétrica. Em alguns projetos, a casa necessita de reformas — por isso, o custo final pode ultrapassar, e muito, o investimento inicial de projetos simples.

Uma alternativa mais em conta e flexível é a automação sem fio. O investimento inicial de um projeto básico, que automatize áudio e vídeo, por exemplo, custa, em média, R$ 2 mil. Além de mais barato, o sistema wireless não exige reformas no imóvel, instalação de centrais de comando ou de equipamentos como repetidores, para fazer o sinal ser captado mais longe.
Um exemplo utilizado em Brasília (e tendência no mundo) é o Z-Wave. Ele funciona, na verdade, como um ecossistema: na rede, todos os aparelhos se comunicam uns com os outros, de qualquer lugar do mundo, via dispositivo móvel. Qualquer aparelho eletrônico de uma casa pode ser utilizado como controle. A rede tem alcance de 20m, em média, para ambientes fechados, e de até 85m para ambientes externos.

Em geral, os obstáculos não contornáveis — como paredes grossas sem aberturas — afetam o alcance, mas isso não é problema para esse tipo de rede, do tipo mesh. Por meio dela, um equipamento utiliza os outros como roteadores. Como resultado, o sinal ganha potência, e os possíveis pontos de ausência de sinal entre eles tornam-se inexistentes. A rede é à prova de interferências, seja de wi-fi, bluetooth ou telefones sem fio.

O segmento tem crescido na capital por conta da acessibilidade. Tecnologias mais baratas, combinadas ao acesso à informação, trazem como consequência lucros de até 150% ao ano e clientes satisfeitos, conta Ronaldo Fernandes, proprietário da empresa de automação residencial Onda Z.

Casais de classe média alta, com idade entre 30 e 45 anos, prestes a comprar o primeiro imóvel, são o principal perfil do público que procura o serviço. A solução mais pedida pelos brasilienses é a de home theater, que faz parte de 63% dos projetos entregues pela empresa desde a inauguração, há três anos e meio. Em segundo lugar, está a automação de som ambiente, pedida por 56% dos clientes. O consumidor quer qualidade de imagem e som, além de poder eliminar os controles remotos, que podem ser muitos numa residência.

Fernandes conta que grande parte do público não está familiarizada com os recursos high-tech. “As pessoas ouvem falar de casas inteligentes, leem em revistas, mas ainda é uma coisa um pouco obscura”, afirma. “Elas não sabem quais equipamentos são usados e como eles funcionam. Poucos chegam até nós com uma pesquisa feita. É um mercado promissor”, avalia.

Mais inovações

Desde Os Jetsons e outros clássicos de animação feitos para a tevê, foi introduzido no imaginário das pessoas o que viria a ser o futuro da humanidade: robôs que servem de mordomos, toda a sorte de eletrodomésticos inteligentes, carros voadores ultravelozes e cidades flutuantes. Diferentemente dos Flintstones, que vivem uma realidade onde dinossauros e máquinas tracionadas por aves são comuns, os Jetsons são uma família de 2062 inserida num meio com tecnologia avançada.

Em 2015, ainda não surgiram cidades suspensas nem carros que voam, mas grande parte das residências são bem próximas do que, no passado, anunciava a “tecnologia do amanhã”. Os recursos do futuro estão disponíveis para quem pode fazer algum investimento, mas inovações não param de surgir.

A Panasonic expôs, há menos de um ano, em Tóquio, uma casa de dois andares que antecipava a moradia de um futuro bem próximo: 2020. Nela, luminosidade e temperatura são controladas de maneira automática, assim que sensores de presença identificam pessoas nos ambientes. Câmeras e dispositivos instalados no chão medem o peso e a pulsação arterial dos moradores, ajudando-os a cuidar da saúde.

Até a experiência de escovar os dentes é interessante. Sensores no espelho fornecem informações sobre o estado da pele, dicas de maquiagem e de antienvelhecimento. No quarto, uma rede de lâmpadas de LED permite recriar um céu de estrelas no teto.

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